Autoconhecimento
Comendo emoções: a trajetória para uma alimentação consciente

Comendo emoções: a trajetória para uma alimentação consciente

Para compreender a relação emocional que você nutre com a comida é essencial se autoconhecer.  Em tese, estabelecer uma rotina de alimentação saudável não é tão complicado quanto pensam. Basta fazer o cálculo das calorias adequadas para cada tipo de refeição, escolher alimentos saudáveis e consumir os múltiplos nutrientes que o seu corpo precisa. Entretanto, na prática pode ser que isso não aconteça de forma tão natural.

Essa sensação de falha acontece porque a parte consciente do nosso cérebro, aquela que sabe o que é preciso ser feito para se alimentar de modo saudável, representa pouco mais de 10% da nossa mente, e para “ajudar” costumamos ignorar os 90% restantes.

Com isso, a dificuldade em manter hábitos alimentares saudáveis ultrapassa os fatores tangíveis e, muitas das vezes, pode estar atrelada às crenças limitantes e frustrações emocionais.

Qual a relação entre as emoções e a alimentação?

Grande parte das pessoas que possuem hábitos alimentares nocivos refletem suas frustrações emocionais na comida, acompanhadas daquela famosa justificativa equivocada: “eu mereço, pois tive um dia muito difícil”.

Comer quando está se sentindo ansioso, como um meio de recompensar-se ou pra preencher um vazio emocional reafirmam que crenças limitantes sustentam a sua forma de se relacionar com a comida.

Quem busca na comida uma forma de lidar com sentimentos, como tristeza e ansiedade, fica mais sujeito ao descontrole alimentar e, consequentemente, seus prejuízos na saúde.

Como você lida com a comida?

Algumas reflexões se fazem necessárias para que possamos entender o motivo pelo qual nos faz descontar nossas emoções na comida, tais como: É comum que você exagere em algum refeição por ter condições financeiras e poder comer determinado alimento? Quantas vezes você fez estoque de alimentos que passaram do prazo de validade por não ter conseguido consumir tudo? Atitudes similares a essas indicam traumas dos seus ancestrais que você reproduz (mas deixemos esse assunto para outro artigo, tá?).

Podemos observas esses traumas voltando apenas alguns anos, vamos relembrar a nossa infância:

Qual era a sua comida predileta? Qual tipo de alimento desencadeia sua memória afetiva? Sabe aquela sensação de aconchego só em sentir determinado aroma? O que te diziam sobre comida quando era criança?

São perguntas como essa que podem te auxiliar no mapeamento de como você construiu sua relação com a comida ao decorrer do tempo. Esses registros ficam guardados na nossa mente, se transformam em crenças e se tornam as principais responsáveis pela criação de alguns padrões internos.

É comum que durante a infância nos seja mostrado que em toda comemoração a comida deva estar presente e, por isso, é possível que de forma inconsciente a gente se sinta castigado e privado de desfrutar quando realizamos algum tipo de dieta ou reeducação alimentar. Ou então, caso você tenha sido uma criança obesa, a comida é encarada (talvez) como uma grande inimiga, tornando essa relação ainda mais complexa.

A autoimagem tem forte influência na alimentação

Para além do campo do autoconhecimento, compreender o conceito de autoimagem também é um fator determinante para a nossa saúde emocional, qualidade de vida e bem estar.

Se você não sabe o que significa autoimagem, a gente te explica! Trata-se das percepções que criamos em relação a nós mesmos. Esses pensamentos e emoções causam padrões de comportamentos e isso influencia diretamente na forma como nos alimentamos.

Pra facilitar, funciona da seguinte maneira: Em algum momento da vida, você pode ter desenvolvido a crença de que ser uma mulher exuberante poderia ser a causa para que ninguém percebesse a sua inteligência. Ou que ser muito atraente poderia acarretar problemas no trabalho (assédio, por exemplo).

É possível que você tenha aprendido que cuidar do corpo é algo que beira a futilidade e que o mais importante é preservar o campo espiritual, afinal, apenas o nosso interior importa, certo? Errado! Essas crenças das quais mencionamos acima funcionam como guias que o nosso sistema segue religiosamente para apresentar uma realidade que seja condizente ao que acreditamos.

Dessa forma, sua relação com a alimentação, a autoestima, o corpo e a saúde podem ser guiadas por esses outros 90% de crenças e padrões que você ainda não desvendou. Isso ajuda para criação de uma realidade da qual você não está satisfeito, e ainda que use de forma incessante os 10% conscientes para tentar transformar, nada ou pouco acontece e acaba por gerar uma série de frustrações.

A receita para mudar seu relacionamento com a comida

Então, será que existe uma forma eficaz de fazermos as pazes com a comida? Propomos a investigação e, principalmente, o autoconhecimento. Nos questionar pode auxiliar a entendermos como os nossos mecanismos funcionam para que, assim, possam gerar transformações positivas e significativas em cada uma das áreas que ansiamos. Fora esses questionamentos, uma atitude capaz de nos empoderar é silenciar a mente para que o corpo tome o espaço. Ele carrega uma inteligência que não é linear ou racional, mas institivo e intuitivo. O corpo sabe e fala, e às vezes, por não ser ouvido, grita!

Por isso, quando desejamos mudar a nossa realidade, devemos começar de dentro.

Nós, da Amana, fazemos um convite especial para você que quer ter mais contato com a alimentação saudável e consciente, mas ainda não sabe por onde começar: De 12 a 14 de março acontecerá a Jornada de Alimentação Consciente, uma experiência transformadora que te ajudará a observar melhor o seu corpo e nutri-lo da melhor forma. Corre pro nosso site checar os detalhes dessa imersão maravilhosa!

Separamos também um vídeo do canal Minutos Pisíquicos para te ajudar a se aprofundar no tema e, quem sabe, começar sua mudança interna agora.  Boa sorte na sua jornada de autoconhecimento, nos deixe saber do seu processo! =)

Texto escrito por Taís Santana e inspirado nos escritos de Gabi Squizato, Terapeuta, facilitadora e empreendedora holística. 

0

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *