Bem Estar
Meditação: o caminho para a calma e o equilíbrio

Meditação: o caminho para a calma e o equilíbrio

É certo dizer que a meditação tem o incrível poder de aumentar a nossa capacidade de concentração, diminuir o estresse e aumentar, também, a autoestima!

Quando falamos em meditação, é comum ouvir perguntas como: “existe maneira certa de meditar“? “Meus pensamentos não param e minha mente tagarela não me dá trégua. Isso quer dizer que eu jamais vou conseguir meditar?”, “como consigo ficar em silêncio?”.

O segredo do silêncio na meditação

Não importa se você vai sentar, deitar, caminhar, dançar ou respirar. Não importa quais técnicas vão lhe auxiliar a chegar ao silêncio. O que importa realmente é a sua determinação em chegar lá.

Meditar é também um exercício de entrega e desapego da mente identificada com o ego negativo. É saber se livrar da ilusão causada pelas memórias de experiências passadas e já cristalizadas.

Você deve se desapegar até da ideia de conseguir. Meditar é uma verdadeira prova de amor próprio!

Mas o que significa a meditação?

A palavra “meditar” surgiu da raiz latina “meditatum”, que quer dizer “ponderar”, mas o significado mais comum que vemos é o que vem também do latim “meditare” e significa “estar em seu centro”, “voltar-se para o centro”.

Pode-se definir meditação como uma prática que engloba relaxamento corporal, diminuição da respiração, levando a um estado de paz, calma e tranquilidade, tanto física como mentalmente.

Das condições básicas para se meditar incluem-se a concentração e a atenção em algum foco, seja interno como a observação nos músculos da respiração, seja externo na concentração em algum som ou cheiro. A prática pode ser realizada com instruções de um mentor ou de forma autônoma.

Com a prática da Meditação ampliamos a percepção da consciência como um todo, e constatamos a verdade das nossas experiências.

E a sua origem?

A meditação é uma prática muito antiga, com origem nas tradições orientais, estando especialmente relacionada às filosofias da yoga e do budismo. Ao que parece, vêm da China e da Índia os mais antigos relatos sobre meditação, datando de cerca 1.500 a.C. na filosofia Vedanta do hinduísmo, e em torno de 500-600 a.C. com os taoístas na China. Em 500 a.C. o budismo começa seu legado através dos ensinamentos deixados por Sidharta Gautama, o Buda.

Naquela época, existia a famosa Rota da Seda, onde aproveitavam-se as viagens comerciais também para a difusão dos pensamentos e técnicas de cada local, possibilitando a introdução da meditação em outros países orientais.

Em 1970, o pesquisador Robert K. Wallace apresentou as primeiras pesquisas sobre as respostas fisiológicas do relaxamento. Em 1979, foi criado no Ocidente, pelo pesquisador norte-americano John Kabat-Zinn, o programa de meditação chamado Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR), ou Redução de Estresse baseada em Plena Atenção, voltado para a redução de estresse e dor crônica.

Meditação na atualidade

Dentre as práticas complementares, uma das mais recentemente implementadas na Coordenadoria Regional de Saúde do Centro-Oeste (CRSCO), em São Paulo, são as práticas meditativas, que estão presentes em 12 dos 151 grupos de práticas.

Há um crescente interesse pela meditação, não apenas pelos profissionais de saúde, mas também pela população em geral, pois hoje em dia há trabalhos científicos apontando para as mudanças fisiológicas e mentais proporcionadas por essas práticas.

Os programas que utilizam a técnica de mindfulness como prática integrativa para tratamentos de saúde estão bastante consolidados em países como o Reino Unido e os Estados Unidos.

No Brasil, os programas de mindfulness ainda estão numa etapa bastante inicial, mas algumas instituições, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), estudam a técnica de forma científica.

De forma resumida… Meditar é silenciar! É apenas ser, escutar sua sabedoria inata e seu mestre interior.

Qual o melhor lugar para meditar?

Ter o “seu lugar” especial para silenciar sua mente é muito importante! A escolha de um bom lugar para sua prática de meditação irá lhe auxiliar positivamente no seu processo, logo, deve ser exatamente onde você sentir mais adequado.

No final das contas, a sua determinação em fazer dele “o lugar” é o que vai contar mais. Seja sentado no chão, na cama, na almofada, no banquinho… Vale tudo!

Uma grande dica: evite meditar deitado! Lembrem-se que quando estamos deitados a nossa mente entende naturalmente que devemos adormecer. Desta forma, deitar na cama pode não ser tão produtivo para quem objetiva viver a experiência de um estado de consciência meditativo.

“Beleza, Amana! Já entendi do que se trata, mas e os benefícios?” A gente te explica:

No nível físico, a meditação:

  • Abaixa a pressão sanguínea;
  • Abaixa os níveis do lactato sanguíneo, reduzindo a ansiedade;
  • Diminui qualquer tensão relacionada com a dor, como dores de cabeça, úlcera, insônia, dores musculares e problemas nas articulações;
  • Aumenta a produção de serotonina, melhorando o humor e o comportamento;
  • Melhora o sistema imunológico.

No nível mental, a meditação:

  • Diminuir a ansiedade;
  • Aumentar a estabilidade emocional;
  • Aumentar a criatividade;
  • Aumentar a alegria;
  • Desenvolver a intuição;
  • Ganhar mais clareza e paz na mente;
  • Os problemas se tornam pequenos;
  • Aguça a mente através do ganho de foco e a expande através do relaxamento.

Para experimentar os benefícios da meditação, é necessária a prática regular. Apenas alguns minutos todos os dias são suficientes. Uma vez integrada na rotina diária, a meditação se torna a melhor parte do seu dia!

Logo, meditação é como uma semente. Quando você a cultiva com amor, ela desperta. Da mesma forma, a árvore da consciência que está dentro de você e precisa ser nutrida com técnicas de meditação. Bons “OM” pra vocês! 🙂

Texto escrito por Taís Santana.

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